terça-feira, 23 de outubro de 2007

Castedo do Douro oferece apoio de 800 euros a quem tenha um segundo filho

«A Junta de Freguesia de Castedo do Douro, concelho de Alijó, anunciou hoje um apoio de 800 euros às famílias que optem por ter o segundo filho, numa iniciativa que visa contribuir para o aumento da natalidade.

Desde Janeiro também as freguesias de Arroios (Vila Real) e Provesende (Sabrosa) estão a atribuir um subsídio de 250 euros aos bebés que nasçam nestas localidades. Esta iniciativa de algumas freguesias de Trás-os-Montes e Alto Douro procura criar incentivos para o aumento da população, cada vez mais envelhecida.Agora chegou a vez de Castedo do Douro que, a partir do próximo ano, passa a apoiar com uma verba equivalente a dois ordenados mínimos (806 euros) as famílias da freguesia que optem por ter o segundo filho e um ordenado mínimo (403 euros) para o terceiro e seguintes.

O plano de incentivos à natalidade de Castedo do Douro, localidade duriense que conta pouco mais de 400 habitantes, foi aprovado recentemente em reunião da assembleia de freguesia. "É um esforço significativo para o orçamento da junta de freguesia", afirmou o presidente daquela autarquia. Manuel Macedo acrescentou que se trata de "uma tentativa séria de inverter a tendência da desertificação" e que esta medida foi aprovada na "sequência da saída continuada de jovens para outras freguesias e para o estrangeiro, o que tem levado a uma perda gradual de população na povoação".Segundo o autarca, a "aposta é claramente no segundo filho, visto que a média na freguesia, a exemplo da média nacional, é de um filho por família".

Desta forma, conforme salientou, a assembleia de freguesia entendeu premiar as famílias que optem pelo segundo filho e continuar a apoiar as que entendam optar por mais do que dois, com um ordenado mínimo por cada um.Manuel Macedo referiu ainda que a junta pretende "impedir o encerramento da escola do primeiro ciclo e do jardim-de-infância, que correm sérios riscos de fechar por falta de alunos".Alertou também para a necessidade de alterar, o mais rapidamente possível, o Plano Director Municipal já que, actualmente, impõe muitas dificuldades à construção naquela aldeia, factor que o autarca considera ser um "entrave à fixação de pessoas".

A Região do Alto Douro apresenta indicadores de fraco desenvolvimento económico - com a população a empobrecer - expresso num poder de compra inferior ao da região Norte, e próximo dos 55 por cento do todo nacional, havendo mesmo concelhos em que não chega a atingir os 40 por cento. Desde a década de 60, a região do Alto Douro apresenta uma evolução demográfica negativa, tendo na década de 90 a perda populacional sido da ordem dos nove por cento. Em 25 anos, este território perdeu 125 mil habitantes.»

Fonte:Publico

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