quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Governo e autarquias tentam resolver problemas da natalidade com incentivos


«Obstreta Ana Aroso diz que são medidas redutoras e que não abrangem grande parte das famílias.
O Governo e algumas autarquias estão a tentar criar incentivos que levem os jovens a encarar a paternidade com maior optimismo.

Algumas das medidas já foram anunciadas pelo executivo governamental, que promete criar mais incentivos à natalidade até 2009, altura em que se realizam as próximas eleições legislativas.

O abono de família começará a ser pago a partir do terceiro mês da gravidez e não apenas a partir do nascimento do bebé. Para incentivar os pais a terem mais que um filho foi ainda criado um novo incentivo, que passa por dobrar o abono a partir do nascimento do segundo filho.

Mesmo assim, estas medidas parecem insuficientes e não convencem Ana Aroso, obstetra, que considera que estas são medidas redutoras e que não abrangem uma grande parte das famílias - as menos pobres e que "têm maiores objectivos profissionais", por tendência aquelas que controlam mais a natalidade.

Também os homens são visados pelas medidas do Governo. O pai começa a ter mais tempo para acompanhar os primeiros dias de vida da criança e para dividir a licença de paternidade com a mãe. Ainda assim, comparar o tempo de licença de maternidade em Portugal com esse mesmo tempo em grande parte dos outros países europeus deixa a nu o longo caminho que os portugueses ainda têm que percorrer.

Um pouco por todo o país, começam a aparecer vários municípios que propõem a oferta de subsídios e condições especiais aos casais jovens que se fixem e levem em frente o desafio da natalidade no concelho. Uma medida que apareceu, primeiramente, nos concelhos de Óbidos e Ourém, mas que tem ganho adeptos, especialmente no interior do país.

Ana Aroso não tem dúvidas de que esse é um desafio interessante para os mais jovens, mas diz que têm que ser criadas condições - aquelas "que já ninguém prescinde: uma boa escola, um bom hospital, um bom emprego" - para que os casais se possam fixar com total conforto em concelhos mais pequenos.»

Fonte:Jornalismo Porto Net

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