quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Cérebro determina proteção a crianças


«Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, divulgaram um estudo que pode ajudar a entender o desejo que os seres humanos experimentam de proteger as crianças e cuidar delas – os chamados instintos paternal e maternal. Segundo os especialistas, a pesquisa pode ainda cooperar no tratamento da depressão pós-parto, que afeta cerca de 15% das mulheres e 3% dos homens em países desenvolvidos.

Segundo os especialistas, o impulso de proteção às crianças estaria ligada a uma área do cérebro conhecida como córtex orbitofrontal medial. Ela está localizada bem acima dos olhos, é ligada à região que trata do reconhecimento de rostos, além de ser peça-chave para o controle das emoções.

Perpetuação - Para medir o papel dessa região do cérebro nos instintos humanos, os cientistas avaliaram a atividade cerebral de voluntários. Sentados diante de um monitor, eles tinham que apertar um botão assim que a imagem de uma cruz projetada na tela mudava de cor. Entre essas imagens, eram exibidas rapidamente fotos de adultos e crianças desconhecidas dos voluntários.

O mapeamento cerebral instantâneo mostrou que não houve qualquer reação diante das imagens dos adultos. Porém, foi detectado grande estímulo cerebral quando os voluntários viam fotos das crianças.

“Acreditamos que a imediata resposta nos leva a tratar crianças de maneira especial”, avaliou Morten Kringelbach, neurocientista e um dos líderes da pesquisa, segundo a agência de notícias Reuters. “A resposta cerebral é tão rápida que temos quase absoluta certeza de que não há controle consciente sobre ela”.

Assim, conclui o cientista, o rosto de uma criança seria vital para a perpetuação da espécie humana. Isso porque, ao avistar um bebê, por exemplo, homens e mulheres se emocionam e tendem a oferecer proteção.

Depressão - A reação à imagem da crianças foi similar entre homens, mulheres e voluntários que não possuem filhos. Na avaliação do pesquisador, isso sugere que se trata de uma reação inata do ser humano.

Os estudiosos acreditam ainda que entender o mecanismo pode ajudar a prever ocorrências como a depressão pós-parto. O fenômeno ocorre quando, logo após o nascimento de um filho, pais e em geral mães dão pouco atenção à criança. “Essa qualidade inata não deve ser tão presente em pessoas que desenvolvem a depressão”, avalia Kringelbach.»

Fonte:Veja
Link:http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=1&textCode=137485&date=currentDate

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