sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Grávidas de Vila Franca de Xira aumentam confusão na Alfredo da Costa


«As grávidas do concelho de Vila Franca de Xira que são encaminhadas para a maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, estão a sobrelotar o hospital da capital.

O aviso é do director clínico da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. Se as urgências daquela unidade de saúde continuarem sobrecarregadas com pacientes de outros hospitais, o serviço vai colapsar e os médicos não poderão garantir a segurança das mulheres que ali se dirigirem.

Os números, diz o médico Abílio Lacerda, não podem ser mais claros. Às urgências da maternidade acorrem 33.000 mulheres por ano. Para que todas estas pacientes fossem atendidas nas melhores condições seria necessária a presença permanente de uma equipa de oito médicos. Mas, na Alfredo da Costa, “as urgências são asseguradas por sete ou mesmo seis profissionais”.

A situação já era “grave” quando, a 14 de Julho, encerrou a urgência de obstetrícia do Hospital Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira. A Alfredo da Costa passou a juntar à sua média de 16 partos diários mais dois ou três de mulheres oriundas daquela unidade, que apenas reabrirá, por motivo de obras, a 14 de Setembro. O encerramento inesperado da urgência de obstetrícia do São Francisco Xavier por alguns dias agravou a situação.

E há soluções para harmonizar a proporção médicos/pacientes? “Já fizemos tudo o que era possível”, explica aquele responsável. A maternidade contratou médicos externos, apelou à “boa-vontade” dos profissionais que, por força da idade, já não são obrigados a fazer urgências e ainda aos que estavam de férias. Todos acorreram, mas não basta. “Estamos completamente no limite. As empresas exteriores de prestação de serviços já não têm mais médicos para nós. Das sete pessoas escaladas para a urgência, uma ou duas são de fora. E os dois anestesistas de serviço, esses são geralmente do exterior”, conta.

O espaço de internamento afecto ao serviço de Obstetrícia/Ginecologia do Hospital de Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, encerrou em Julho por motivos de obras. A administração da unidade hospitalar justificou a decisão com “o risco de desmoronamento da cobertura do edifício do Hospital e o perigo eminente para a segurança dos utentes e profissionais”. Durante o período estimado para a realização da obra mantém-se toda a actividade de ambulatório programado (consultas, exames e técnicas).»

Fonte:Mirante on-line
Link:http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=354&id=46450&idSeccao=5214&Action=noticia

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