quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Pré-eclampsia é alto risco para as mães e os bebês


«A pré-eclampsia é uma doença que se caracteriza pelo aumento da pressão arterial nos últimos três meses da gestação, com perda de proteínas através da urina. O problema pode se tornar ainda mais grave quando não tratado adequadamente, evoluindo para a eclampsia e até mesmo levar a morte da mãe. Para falar sobre este mal que tanto assusta as mulheres, o médico João Valadares irá ministrar uma palestra na XVI Jornada Piauiense de Ginecologia e Obstetrícia, que acontece entre os dias 20 e 23 de agosto.

De acordo com Valadares, os fatores de risco mais importantes são hipertensão prévia, diabetes, ganho de peso elevado na gravidez, história familiar de pré-eclampsia e primeira gravidez. O médico ressalta que as mães com idade avançada, bem como as adolescentes, devem ficar atentas a qualquer indício da doença.
"A pré-eclampsia pode severamente restringir a circulação sanguínea para a placenta e o be-bê pode ser afetado. Várias medidas foram testadas para prevenir o aparecimento da pré-eclampsia, mas nenhum resultado foi considerado convincente. Para prevenir a doença é fundamental o início precoce do pré-natal e um acompanhamento adequado da gestação", explica o médico.

Segundo Valadares, o sulfato de magnésio, quando indicado, deve ser utilizado antes do parto e seu uso não traz efeitos deletérios para o bebê. O uso pode provocar ondas de calor no corpo da gestante no início de sua aplicação, mas este efeito desaparece em pouco tempo. Quando usado em dose muito alta, acima da recomendada para tratamento, pode provocar parada respiratória
Em sua palestra, o médico vai abordar o uso de sulfato de mag-nésio, que representa a medicação para a prevenção e tratamento de convulsões que ocorrem em pacientes com pré-eclampsia. "É uma droga bastante segura quando usada na gravidez. No entanto, sua utilização deve ser realizada em ambiente hospitalar por equipe médica e de enfermagem treinadas, e em local que possibilite uma vigilância contínua do bem estar materno.

Toda gestante que apresente elevação da pressão arterial deve procurar imediatamente um serviço de saúde para receber o tratamento e orientação adequados para seu caso", orienta.
Toda gravidez que aparece pré-eclampsia deve ser considerada como de alto risco. Nestas circunstâncias aumentam as chances de ocorrência de complicações como deslocamento prematuro da placenta, insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão e distúrbios de coagulação que aumentam em muito o risco de morte para a mãe e para o filho. "Por esta razão recomenda-se que toda gestante, principalmente aquelas com fatores de risco para pré-eclampsia, deve iniciar o pré-natal o mais precocemente possível e siga, rigorosamente, as recomendações de seu médico. Assim, é possível reduzir os riscos da doença e, conseqüentemente, os altos índices de mortalidade materna e perinatal a ela associados", afirmou Valadares.
Para o tratamento, é necessário repouso e observação constante do caso, nos casos leves podem ser acompanhados em regime de atendimento ambulatorial. Os casos graves devem ser internados. A interrupção da gravidez vai depender do bem estar da mãe e do filho.

Já no caso da eclampsia, a internação também é obrigatória, por que pode ocasionar convulsões. "A gestante deve ser tratada com sulfato de magnésio, ter sua pressão arterial controlada e a gravidez deve ser interrompida se as condições clínicas da mãe não estiverem estabilizadas. Este tratamento deve ser acompanhado por obstetra experiente e com serviços especializados em gestação de alto-risco" finalizou o médico.
Fonte: Com informações Diário do Povo Edição: Fábio Carvalho»

Fonte:180 Graus
Link:http://180graus.brasilportais.com.br/geral/pre-eclampsia-e-alto-risco-para-as-maes-e-os-bebes-37774.html

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