segunda-feira, 27 de outubro de 2008

AVC é mais frequente no grupo dos recém-nascidos


«ALFREDO MENDES
Pediatria. Unidade de Vigilância vai iniciar o estudo da doença

Doença nas crianças e adolescentes vai ser alvo de diagnóstico nacional

Estudos científicos realizados no estrangeiro revelaram que o acidente vascular cerebral (AVC), que afecta também crianças e adolescentes, tem a maior incidência no grupo dos recém-nascidos. Em Portugal, a Unidade de Vigilância Pediátrica (UVP) da Sociedade Portuguesa de Pediatria vai dar início a um trabalho análogo, a partir do dia 1 de Dezembro. Os resultados finais deverão ser conhecidos dentro de seis anos.

A UVP trabalha em articulação com a comunidade nacional de pediatras, tendo a seu cargo a investigação clínica de doenças raras até 100 novos doentes por ano. Os especialistas, de forma voluntária, informam, mensalmente, aquele órgão da Sociedade Portuguesa de Pediatria acerca das doenças sob vigilância, competindo, depois, à UVP estudar a enfermidade, dando indicações sobre o diagnóstico e o respectivo tratamento. Assim sucedeu com a infecção congénita por estreptococo do grupo B, uma bactéria que causa infecção nos recém-nascidos, provocando doença aguda grave e morte. Através do empenho do UVP, das instruções sobre como prevenir a doença, dois anos após tinha havido uma redução de vítimas.

Quanto ao AVC, a nível internacional surgem quatro crianças afectadas em mil. O alerta, conforme esclareceram ao DN as médicas Almerinda Barroso Pereira e Leonor Sassetti, da comissão executiva da UVP, abarca um universo de 1700 pediatras e internos de pediatria. A partir da altura que algum deles noticie ter observado um caso, será enviado um questionário com dados que os investigadores pretendem conhecer. Importante, então, saber como o AVC surgiu, quais os seus sintomas e sinais, a evolução e o tratamento. Uma vez na posse dessa informação, a UVP fornecerá o diagnóstico ou o tratamento mais adequados.

Ainda de acordo com Almerinda Pereira e Leonor Sassetti, os principais factores de risco de AVC nas crianças respeita a anemias, má formação do coração, doenças metabólicas, má formação artériovenosa cerebral. No entanto, reconhecem, "há outras causas desconhecidas".»

Fonte:Diário de Noticias
Link:http://dn.sapo.pt/2008/10/18/sociedade/avc_e_mais_frequente_grupo_recemnasc.html

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