terça-feira, 4 de novembro de 2008

Prevenção do Tabagismo na Gravidez e a Intervenção dos Profissionais de Saúde


«O número de cigarros fumados por dia tem uma influência directa sobre a fertilidade da mulher. As fumadoras, incluindo as expostas ao fumo passivo, necessitam de mais de um ano para engravidarem. Existem riscos específicos do tabagismo na mulher, com particular destaque para a mulher grávida, onde o fumo do tabaco, activo e/ou passivo afecta de igual forma o feto e o bebé, aumentando assim a gravidade do tabagismo.

Os filhos de mães que fumaram 20 ou mais cigarros durante a gravidez têm maior tendência para a dependência da nicotina ao longo da sua vida do que as mães que não fumaram durante a gravidez. Isto aumenta a importância de uma actuação por parte dos profissionais de Saúde.

Obter resultados na redução e cessação do tabagismo na gravidez depende de um esforço intenso e continuado da grávida e de todos os profissionais envolvidos. É importante sensibilizar os profissionais de saúde para a problemática do tabagismo durante a gravidez, promover a participação dos profissionais de saúde na implementação de estratégias para reduzir o tabagismo na gravidez e a recaída no pós-parto, reflectir sobre a necessidade de dotar os profissionais de saúde com competências específicas na área da cessação tabágica na mulher grávida e informar sobre métodos de tratamento do uso e dependência do tabaco durante a gravidez.

Pois nesta etapa da sua vida a mulher está cada vez mais preparada para mudar os seus estilos de vida porque se sente mais responsável e motivada pelo facto de ser mãe.


É durante a gravidez que a mulher utiliza com mais frequência os serviços de saúde. Deve portanto aproveitar-se essas oportunidades para abordar o comportamento tabágico. Nos últimos anos aumentou a informação e a sensibilização para a mudança dos estilos de vida e bem-estar. Como profissionais de Saúde que somos compete-nos intervir no campo da sensibilização e mudança de comportamentos para estilos de vida saudáveis.

Os efeitos nocivos do tabagismo na gravidez reflectem-se não só na mulher grávida mas também nos fetos, bebés e 1ª infância. A grávida fumadora tem maior risco de descolamento da placenta e de placenta prévia. Existe maior incidência de aborto espontâneo e de partos prematuros e bebés com baixo peso à nascença em grávidas fumadoras. Verifica-se ainda que os filhos de mães fumadoras têm maior risco de morte súbita, de infecções no ouvido médio e na garganta e de problemas respiratórios. É necessário alargar o âmbito dos objectivos a alcançar com as actividades e os programas de aconselhamento de modo a que as mulheres deixem de fumar durante a gravidez e não retomem esse comportamento depois do parto. Nesse sentido é importante desenvolver um esforço intenso e contínuo de todos os profissionais de saúde envolvidos.

Bibliografia: EUROPEAN ACTION ON SMOKING CESSATION IN PREGNANCY – Edição do Conselho de Prevenção do tabagismo – Av. Estados Unidos da América 53D – 4º 1700 – 165 Lisboa, Portugal, 2003, nº1 (Novembro 2003), pág.1-4 e nº2 (Dezembro 2003) pág. 1-4;
a – Guia “ Abordar o tabagismo na gravidez”, Conselho de Prevenção do tabagismo.



Realizado por:
Andreia Carina, Enfermeira
Helga Martins Enf. Especialista em SMO
Marlene Terroso, Enfermeira»

Fonte:Terras do Ave
Link:http://www.terrasdoave.pt/conteudo.php?lop=&op=6512bd43d9caa6e02c990b0a82652dca&id=86dba86754c0ad93997a11fa947d97b2

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